CAMINHO

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FÉ - ESPERANÇA - PAZ - AMOR

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

ESTRANHA ASSEMBLEIA

Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembleia. Foi uma reunião de ferramentas para acertar as suas diferenças.
Uma martelo assumiu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar. A causa?

         Fazia demasiado barulho; e, além do mais passava o tempo todo golpeando. O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas pediu que também fosse expulsa a lixa que era áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos. A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro, que vivia medindo os outros com a sua própria medida. Como se fosse o único perfeito.
Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Assim a rústica madeira se converteu em um fino móvel.
Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembleia renovou a discussão.
Foi então que o serrote tomou a palavra e disse: "Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com as nossas qualidades, com os nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, concentremo-nos em nossos pontos fortes".
   A assembleia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar a aspereza, e o metro era preciso e exato. Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria pela oportunidade de trabalhar juntos..
Ocorre o mesmo conosco. Quando uma pessoa busca defeitos em outras, a situação torna-se tensa e negativa; ao contrário, quando se busca, com sinceridade, os pontos fortes dos outros, florescem as melhores conquistas e virtudes humanas.
É fácil encontrar defeitos, qualquer um pode fazê-lo. Mas encontrar qualidades... é um desafio a ser vencido.

Nas Oficinas de Oração e Vida aprendemos o "amor de fraternidade". Assim nos ensina Frei Ignácio Larrañaga: "O amor de fraternidade não é espontâneo, mas fruto de uma convicção. O motivo do amor, neste caso, não é um impulso vital mas os critérios da fé. O amor da fraternidade, o amor fraterno, passa por cima das reações impulsivas (gosto, não gosto, ofendeu-me, não me aceita...) e descobre no outro o irmão, porque o Pai dele é meu Pai, e meu Deus e o seu Deus.
Não importa que haja ou não consanguinidade ou afinidade entre nós. Temos em comum algo mais importante: uma raiz subterrânea que arma e sustém existências diferenrtes: o Pai. A tal ponto que lá, na substância original paterna, ele e eu somos uma só e a mesma realidade. Essa convicção nasce da fé." ("Suba Comigo" - Frei Ignácio Larrañaga - Ed. Paulinas)

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